Mesmo quem considera um ambiente muito familiar, pode cometer erros que comprometem a saúde e o rendimento do treino. Para livrá-la dessa roubada, listamos os deslizes mais comuns quando o assunto é malhação. Fique atenta!
Se você sentir "agulhadas", "queimação" ou sensação de "travação" do movimento, no ato da execução, pare o exercício Foto: Shutterstock |
1. Montar o seu próprio treino
Essa prática é muito comum entre as
frequentadoras mais assíduas. Como já treinam há algum tempo, elas se
sentem seguras a ponto de decidir qual o tipo de exercício é o mais
adequado para seus objetivos. Grande engano! “Nesse
contexto, muita gente só coloca em seu treino os exercícios que gosta ou
aqueles que já deram resultado um dia. Porém, acontece que nem sempre o que gostamos é o mais indicado para nós e o que funcionou um dia pode não dar mais resultado. Com o tempo, as necessidades do corpo vão mudando”, diz Rodolfo Pavanelli, professor de musculação da Fórmula Academia e personal trainer (SP). Somente um profissional saberá avaliar as demandas do seu corpo e apontar quando um ciclo já se encerrou.
Portanto, resista à tentação da autossuficiência e aceite o auxílio do
professor. Juntos, vocês podem chegar a um programa de exercícios
prazeroso e eficaz.
2. Correr na esteira com a postura encurvada
Esse erro é mais comum para as novas
praticantes, que ainda não se sentem muito à vontade ou seguras no
aparelho. Geralmente, elas permanecem com as mãos no apoio e a
preocupação em se segurar é tanta que nem se dão conta da postura incorreta. Correr ou caminhar com as costas curvadas faz que a pessoa gaste mais energia do que o necessário. Além disso, pode sobrecarregar alguns grupamentos musculares,
prejudicando o corpo e causando dores. Por isso, muita atenção: a ordem
é manter a coluna no lugar. Assim, a movimentação é natural,
economiza-se energia durante o exercício e ficamos mais à vontade e
resistentes, permanecendo mais tempo na esteira.
3. Pegar os pesinhos do chão sem flexionar os joelhos
Quando nos agachamos, sem o cuidado de flexionar os joelhos, aumentamos muito a sobrecarga na coluna vertebral e na musculatura que a sustenta. Dessa forma, a área fica mais suscetível a lesões,
que podem prejudicar até mesmo os discos invertebrais, responsáveis por
diminuir atritos e permitir maior mobilidade entre as vértebras. “Por
isso, o ideal é sempre levantar os pesos do chão flexionando os dois joelhos e, de preferência, colocando uma perna à frente da outra,
para aumentar a distribuição do peso e reduzir a tensão sobre as
estruturas corporais”, alerta Bianca T. Ramallo Foschini, personal
trainer especialista em fisiologia do exercício (SP). Seus joelhos, que
aguentam a maior barra todosos dias, agradecem a gentileza!
4. Exagerar no peso na tentativa de acelerar os resultados
Quando o assunto é atividade física, tudo é conquistado progressivamente. Afinal, é aos poucos que nosso corpo vai se adaptando ao exercício, adquirindo maior resistência e tendo a musculatura fortalecida. “O aumento das cargas deve ser feito sem pressa, acompanhando a resposta da aluna ao exercício. Acelerar esse processo pode lesionar músculos, tendões e ligamentos
que não foram devidamente preparados para tanto esforço”, sinaliza
Bianca. Então, amiga, vá com calma! O segredo, nesse caso, é a
frequência e a qualidade no treinamento. Nada de atropelar as coisas!
5. Pular o alongamento
Tem gente que não suporta o estica e
puxa do alongamento. E verdade seja dita: no começo, é meio incômodo
mesmo. Mas é justamente para evitar que a coisa piore lá na frente que
não dá para abrir mão dessa parte do treino. “Quando pedimos para o
aluno alongar, o foco é a flexibilidade, sem a qual
fica difícil realizar tarefas do dia a dia, como pegar algo que esteja
no alto ou amarrar o tênis”, explica Rodolfo Pavanelli. Essa habilidade,
tão importante na rotina da gente, vai se perdendo ao longo dos anos.
“Se não a exercitamos, sofremos encurtamentos que podem desencadear males como lombalgia e instabilidade muscular.”
6. Compensar uma falta malhando em dobro no dia seguinte
“Um programa de treinamento já é pensado no intuito de aproveitar ao máximo o rendimento diário, sem ultrapassar os limites nem oferecer riscos à saúde. Portanto, não é recomendado se exercitar em dobro, como forma de compensação”, diz Bianca Foschini. A explicação é simples: o exagero pode desgastar muito a musculatura
que, fadigada, tem sua capacidade diminuída. Trocando em miúdos: o
rendimento cai e o risco de se machucar aumenta. Tome cuidado!
7. Não se hidratar adequadamente
Durante a realização das atividades
físicas, perdemos uma grande quantidade de água e sais minerais por meio
do suor. Essa perda é ainda maior se o treino for realizado em locais
quentes e úmidos. “Se não fizermos uma reposição hídrica
adequada, entramos em um quadro de desidratação, no qual ocorre
diminuição do volume sanguíneo, taquicardia, estresse térmico e
sobrecarga nos rins. Os sintomas variam de desmaio e vertigens até o estado de coma. É muito sério”, alerta Bianca Foschini. Prevenir-se desse mal é fácil: ande sempre com seu squeeze a tiracolo.
Não é esforço nenhum, certo? Cá entre nós, nada como aliviar aquele
calor que nos consome quando estamos malhando com uma água bem
geladinha. Além de refrescante, não aumenta nenhuma caloria sequer!
8. Treinar mesmo com dor
Ao treinar, provocamos microlesões na
musculatura. Isso é normal. O intuito é que o corpo logo se recupere e
volte cada vez mais forte e resistente. No entanto, se essa recuperação não ocorre, começa um processo inflamatório que causa dor. Eis aí o sinal de alerta. Se continuarmos a forçar os músculos, sem dar o tempo necessário para a recuperação, ele ficará cada vez mais debilitado.
Muita gente se arrisca, pois não vê muito prejuízo em um primeiro
momento, mas, em longo prazo, sofre lesões e pode ter de se afastar da
academia. Nada de forçar a barra, certo?
via: corpoacorpo
Jogo dos 15 erros: conheça os deslizes mais comuns na hora de malhar
Reviewed by digaii
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23:01
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